11 de agosto dia d@s estudantes: o que é isso?

Artigo do companheiro e professor Josenilton dos Santos Feitosa

Dia 11 de agosto é comemorado dia d@s estudantes, as agendas escolares e o calendário das escolas estão programados para lembrar e comemorar essa data. Mas, além disso, o que representa esse dia para ser lembrado e comemorado? Essa data foi instituída em 11 de agosto de 1927, em comemorações aos cem anos da criação das primeiras faculdades do Brasil, uma em Pernambuco e outra em São Paulo, ambas com o curso de direito, motivos pelo qual se comemora também o dia do advogado.

As entidades estudantis se organizam nas escolas, através dos Grêmios e nas universidades, dos centros acadêmicos. A partir daí aumentam suas organizações na UBES (União Nacional dos Estudantes Secundaristas) e da UNE (União Nacional dos Estudantes). Ainda têm as entidades municipais e estaduais de estudantes secundaristas e os DCEs (Diretórios Centrais dos Estudantes) dos estudantes universitários. Essas entidades que lutam pela melhoria da educação, do lazer, dos esportes, da ética e da qualidade de vida, fazem das comemorações um dia de reflexão e luta. As entidades estudantis pouco organizam atividades no dia 11 de agosto, pois fazem do dia 28 de março um dia de manifestações e de luta dos estudantes, data em que o Estudante Edson Luís foi barbaramente assassinado em uma manifestação de estudante, no Rio de Janeiro, em 1968.

O que podemos, então, dizer do 11 de agosto?

O dia 11 de agosto vai continuar sendo, uma data que as escolas comemoram o dia dos estudantes, como se fosse seres do futuro. Por isso, que nós professores e professoras devemos entrar nesse debate para modificar essa visão, afirmando que não haverá futuro se não modificarmos o presente. Em que milhares de jovens são assassinados diariamente, na guerra das drogas. Já que as escolas públicas não possuem estruturas adequadas para a formação escolar, que o desemprego e as mazelas da sociedade atingem seus pais e suas mães, destruindo as famílias e as escolas. Os vazios das expectativas de hoje, lhes tiram o que poderia ser o futuro.

* Por Josenilton dos Santos Feitosa, professor de História Geral e do Brasil

Fonte: brasilescola.uol.com.br/ Ubes.org.br