Sancionado por Lula, Dia de Combate à Intolerância Religiosa completa 13 anos

O dia 21 de janeiro é uma importante data do calendário de lutas do Brasil. Ele marca o Combate à Intolerância Religiosa e coincide com a morte  da ialorixá Gildásia dos Santos, conhecida como mãe Gilda de Ogum, fundadora do Axé Abassá de Ogum, em Itapuã (BA). A religiosa foi atacada, no ano 2000, dentro do do terreiro, e o trauma que sofreu contribuiu para os problemas cardíacos que a levariam à morte.

Para debater o tema, o ex-presidente Lula sancionou em 2007 a lei  que criou o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. Casos como o da Gilda de Ogum são cada vez mais frequentes no Brasil. Segundo o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), dos 1.014 ocorrências de intolerância religiosa registradas entre abril de 2012 a agosto de 2015 pelo Centro de Promoção da Liberdade Religiosa e Direitos Humanos (Ceplir), 71% são contra pessoas de religiões afro-brasileiras.

O centro revelou ainda que até setembro de 2019, 176 terreiros fecharam as portas. No Rio de Janeiro o cenário é ainda mais grave, uma vez que, traficantes pressionam para o fechamento dos locais, segundo o Ceplir. Ainda de acordo com as informações da comissão, boletins de ocorrência não são registrados por medo e, por isso, o número de casos pode ser maior.

Em 2011, durante o governo da presidenta Dilma Rousseff foi instituído o Disque 100, número de telefone para receber denúncias de violações de direitos humanos, que começou a contabilizar os casos de intolerância religiosa. Segundo os dados do primeiro ano de balanço, publicados pelo Brasil de Fato, 15 casos fora relatados. As notificações para o telefone, por sua vez, saltaram para 109 no ano seguinte e chegaram a 201 em 2013. Entre 2015 e o primeiro semestre de 2018, foram 1.729 casos de intolerância religiosa – uma média de 42 por mês.

Lula amigo de todas as religiões

A atuação de Lula contra a intolerância religiosa é reconhecida por diversos líderes. Tanto é que durante os 580 dias em que o ex-presidente foi mantido como um preso político, em Curitiba (PR), diversos representantes das mais diferentes crenças o visitaram. De padres católicos até monges budistas, passando por mães e pais de santo, muçulmanos, pastores evangélicos e rabino, Lula foi abraçado por todas as religiões.

Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do Brasil de Fato

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