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“Uma mentira repetida mil vezes torna-se verdade.” Joseph Goebbels
Iniciei este escrito com uma frase muito difundida e conhecida mundialmente, “uma mentira contada mil vezes torna-se verdade”. Esta frase é de Joseph Goebbels, o famigerado Ministro da Propaganda da Alemanha Nazista, homem de confiança de Adolph Hitler e sucessor de Hitler logo após seu suicídio.
Goebbels era responsável por toda a máquina de comunicação da Alemanha Nazista, confesso que não tenho precisamente as cifras que eram investidas no seu Ministério, mas sabe-se que não eram poucas. O Ministério da Propaganda era responsável por difundir toda a reestruturação cultural imposta pelo Reich, cuidar da imprensa, música, teatro e rede de rádios do Estado.
Era função de Goebbels também administrar a distorção de informações transmitidas pelo Governo ao povo alemão, bem como criar inimigos imaginários do Estado – como os judeus, comunistas, ciganos, homossexuais e todos àqueles considerados subversivos -, por exemplo, foi através do Ministério da Propaganda que Hitler convenceu o povo da Alemanha a apoiar sua fracassada invasão à União Soviética.
No Ministério de Goebbels se encontrava uma verdadeira máquina de distribuição de dados – em ampla maioria falsos -, um dos pilares fundamentais do Reich. Estou trazendo essas informações para você, caro leitor (a), pois considero essencial para a elucidação do que o Brasil está vivendo.
Em março de 2019, o Ministro Dias Toffoli, Presidente do Supremo Tribunal Federal, instaurou de ofício (ou seja, sem haver provocação da Procuradoria Geral da República) um inquérito a fim de investigar a máquina de notícias falsas que está em funcionamento no país, e que ameaça a segurança e a honra da Suprema Corte e de seus Ministros (as).
Ocorre que no dia 27 de maio, o Ministro Alexandre de Morais autorizou a deflagração de uma Operação com 29 mandados de busca e apreensão como parte do inquérito, tendo como afetados diretos deputados e deputadas bolsonaristas, além de empresários como Luciano Hang, dona das Lojas Havan, além de blogueiros que trabalham para as milícias digitais do Presidente Jair Bolsonaro.
A Operação deflagrada pela PF atingiu a estrutura central do “Gabinete de Ódio”, uma setor do terceiro andar do Palácio do Planalto que funciona com algumas finalidades do Ministério da Propaganda Nazist: disseminar notícias falsas (fake news), criar inimigos imaginários como os membros da oposição, e difamar personalidades diversas como Ministros do STF e agentes políticos diversos no cenário nacional.
O fato é que o Gabinete do Ódio é um verdadeiro centro de operações estruturadas, que dominam a internet e se ramificam com filiais nos estados da federação, a fim de atacar todos os potenciais opositores do governo, é um linchamento digital.